segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Moça

Desisti dos poetas, dos artistas, dos pintores, dos desenhistas, dos amantes.
Não sou sua musa.
Artista precisa do desafio.
Do amor não correspondido, do encanto da moça
que o pisem no chão.
Precisa da incerteza, do fogo, da perda, do medo pra manter-se inspirado, apaixonado.
E eu? Ah, e eu... pobre de mim.
Te dei todo o coração.
Não sou sua amante, a rosa que queres cultivar.
Não posso ser sua porque de mim você terá todo o amor! Seria sua pra sempre, e você me descartaria.
Lembraria, talvez, quando idoso, sozinho na mesa de bar.
Lembraria de um amor que poderia ter tido, uma companhia pra agora e que não tem mais.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

,

e eu vou deixar meu coração sentir por você sempre que ele quiser!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pensamentos.

Nada é em vão quando se encara a vida como um aprendiz.

quarta-feira, 30 de março de 2011

segredo

Resolvi que serás o meu segredo
Guardadinho em meu coração
De único delator: os olhos,
Pra quem for atento

Sei que aqui, escondidinho, serás sempre meu
E não desgastará com a dureza dos dias

domingo, 27 de março de 2011

Fortuna

Já chorei ao ver de perto minha banda favorita
Compartilho dos que afirmam: o primeiro amor a gente nunca esquece.
Tive festa de aniversário surpresa
Cantei parabéns num velório,
Já nadei pelada num rio e numa caixa d'água.
Já senti meu peito rasgar em pedaços
Meu coração e estômago apertados
A garganta amarrada, ardendo antes de escorrerem as primeiras lágrimas, sem nem piscar
Já ri tanto a ponto de faltar-me ar
Já dei risada sozinha na rua por lembrar de alguma coisa
Vivi um grande amor,
Uma ardente paixão
Beijei aquele rapaz dos sonhos, "nem que só por uma noite",
Já andei na beira da praia imaginando segurar a mão de amor inventado
Subi costeiras
Senti medo da altura
Peguei girinos e matei um sapo de calor dentro de um saco, sem querer
Já brinquei de naufrágio com um filhotinho de gato no tanque (criança sem noção de nada)
Matei um ramster sentando nele sem querer
Brinquei ser a gata borralheira em cima do telhado
Ganhei concurso de axé e já me vesti toda de preto.
Criei laços, irmãos-amigos
Já gritei de raiva a ponto do coração doer
Já senti medo,
dor,
Já pensei que não chegaria a viver o outro dia,
Matei um amor...
Já senti fome de doer o corpo e também já comi de mais,
Já vi noites passarem acordada e tanto sono a ponto de dormir em pé (literalmente)
Já confiei e me arrependi.
Calei e escancarei.
Escondi e mostrei de mais.
"Até que ponto vale a autenticidade?", perguntou-me um amigo
E de peito aberto estou aqui pra viver o que tiver que ser
E quero viver bem mais

E conjugar "ser" em vez de "estar" pra felicidade :)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

0h03

É como se faltasse a última peça do quebra-cabeças:
A paisagem já conheço, mas aquela falta é indigesta.

Quarta-feira de cinzas

Falar, falar, falar até que isso tudo se esgote
Pareça pequeno e ridículo.

Se não pode arrancar o mal, aprenda a conviver com ele.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Se não é saudade, é porque não tocou.

02h26

Gosto de saborear tudo o que passa
É toque, é cheiro, é gosto
Arrepio e ardência no estômago
Tudo pra virar saudadess

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Fantasma

Planando, ao longe,
Foi como assistir aquele nosso mundo
Seguir seu rumo
Sem mim

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Balanço de mim. Parte I.

Desde que me conheço sou Renata Ramos. 
Reconheço-me nesse nome e não o mudaria.
Sou ansiosa. Vivo de vésperas. Meus sentimentos causam-me dores físicas. Sou intensa, tudo é à flor da pele. Tenho em mim tantos segredos que sufocam-me até a exaustão.
Desejo o que não tenho, quero ser quem não sou, interpretada por mim mesma.
Admiro quem sabe lidar com as palavras. 
Apaixono-me ou não gosto.
Adoro poesias. Adoro encontrar-me em versos de outros: dá-me a sensação de dividir o peso em mais ombros.
Admiro analogias, metáforas e entrelinhas- consigo dizer mais com elas.
Nunca estou onde me vê: minha córnea é como uma tela de cinema!
Tenho profundidade em poucos temas e sei pouco de muito. Não contento-me com isso. Detesto não saber algo, envergonho-me por errar alguma coisa. Sempre arrumo mais o que saber só para aumentar minha sensação de ignorante das coisas do mundo. 
Adoro pessoas que proporcionam-me desafios intelectuais. Aprendiz, sempre!!
Ainda não caibo em nenhuma forma: não tenho religião, nem time de futebol, nem partido político. Não sei lidar com fronteiras, com o estático, com dogmas. Não permiti a mim limitar-me.
Permito-me encarar meus defeitos todos os dias, pois só assim poderei vence-los.
 Renasço todos os dias.
Sinto-me pequena diante as grandezas do mundo e esforço-me para transformar isso em humildade.
Sinto-me gigante em vontades, vezes limitadas pelo medo, vezes ampliadas pela coragem.
Não sei me expressar direito. Se demonstro-lhe carinho, parabéns, conseguimos quebrar a barreira de minha timidez. Depois disso, sou uma metralhadora de assuntos. Se eu gostar de você, claro.
1. só estou escrevendo aqui pq a insônia me pegou pra companhia.
2. Pq ninguém lê nada com mais de 5 linhas.
3. Pq gosto de números ímpares.


Em todo caso, emolduro-me: interprete-me como quiser.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Nunca estou onde me vê: minha córnea é como uma tela de cinema!