segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Moça

Desisti dos poetas, dos artistas, dos pintores, dos desenhistas, dos amantes.
Não sou sua musa.
Artista precisa do desafio.
Do amor não correspondido, do encanto da moça
que o pisem no chão.
Precisa da incerteza, do fogo, da perda, do medo pra manter-se inspirado, apaixonado.
E eu? Ah, e eu... pobre de mim.
Te dei todo o coração.
Não sou sua amante, a rosa que queres cultivar.
Não posso ser sua porque de mim você terá todo o amor! Seria sua pra sempre, e você me descartaria.
Lembraria, talvez, quando idoso, sozinho na mesa de bar.
Lembraria de um amor que poderia ter tido, uma companhia pra agora e que não tem mais.

Um comentário:

  1. EXPECTATIVA

    Na minha cabeça, um enorme pêndulo
    Neste ir e vir infinito ou em vão.
    Meu sangue, areia, se esvai como o tempo.
    Penso: loucura ou imaginação?

    Fatos me mostram o passar das horas.
    A vida e o prazer me escapam dos dedos
    E fazem de mim um berço agora,
    De pavor, insegurança e de medo.

    Esses sonhos e quimeras que desejo,
    Derretem, gotejam como sabão;
    Na vontade de não querer perdê-los
    Me abaixo e lambo os pingos desse chão.

    Tal como as profundezas de um vulcão,
    Que mesmo calmo aguarda erupção,
    Brando e contendo incandescentes lavas,

    Me sinto nessa estranha sensação,
    Tal qual um condenado na prisão,
    Sob a sentença da pesada clava.

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...e nem sempre cabe comentários, apenas entendimentos. Silêncios.