segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pedinte

...do mundo?
Ilusão.
A quem suplicamos esmola,
respostas....
a uma estátua fria
de olhos vazios,
cegos
pra nós.

30/09/2013

...

Quero a liberdade... de ir, de vir. De Ficar. Aqui. 
Comigo.
...lá.

sábado, 28 de setembro de 2013

Escrevendo,  eu descongestiono o meu peito de tantos sentimentos.
é como se o exercício da escrita pincelasse de razão o sentimento e o atenuasse -
procurando dar forma ao sentimento,  
ele passa a ser outro; 
 palpável, 
 trabalhado...escrito, 
possível de ser apagado à borracha.
  
Modificado. 

20h57


Guardo numa caixa, confeccionada com lembranças, fragmentos materiais de memória.
Um caixa de recordações -  era o que eu pensava.
Hoje penso diferente: não é para mim essa caixa, mas para quem a descobrir: recrie-me.
Depois de mim, quem eu fui...

28/09/2013

Este vazio,
De novo...o vazio.
Como se esse vácuo radicado em meu peito sugasse tudo a sua volta!

Por quê?

Preenchê-lo de mim. Preciso de mim. Preenchê-lo comigo. - aconselhou-me o fiel amigo.

Na maior parte do tempo sou fuga dessa tristeza... - Apontou-me o amado.
O que faço, o que passo é para adiar o encontro comigo....e com o vazio.

É como se ...parte de mim me odiasse e me envergonhasse por isso.
Como se parte de mim me cobrasse e me cobrasse e me cobrasse para ser...quem não sou.
 Ou quem sou por inteiro, a começar para mim.
 Ou quem posso ser, quem ainda não sou...alguém diferente de mim
 (agora).

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

27/09/2013

É como se o meu peito pudesse antever a dor que lhe acometerá,
sensações se repetem e, pela frequência, me permitem pensar assim.

Hoje sei o por que meu peito doía dias atrás.

Sentirei a sua falta todos os dias,
Odiarei a sua ausência todas as horas,
Desejarei afastar seus rastros de minha vista todo o tempo buscando...
encontrá-lo.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

24/09/2013


E quando já não se sabe com o que preencher
essa lacuna,
que por vezes mais parece abismo,
fissuras de uma estiagem
que nem a poesia
a filosofia
o desejo
o amor que diz sentir por mim
podem saciar?

E quando a flor já não cheira mais,
quando a música não te comove,
quando o vento que entra pela janela
já não te leva para passear?

E quando a comida quente no fogão
a companhia logo ali no cômodo ao lado
quando seus deveres
e o vídeo rolando aquela música ao fundo
não roubam a cena nem te distraem?

E essa falta de certezas que me aflige
quando deveria encorajar
desafiar
à exercitar o gozo da liberdade,
mas, não.
Instalou-se aqui a ansiedade cruel.

22/09/2013

Basta-me a sua voz triste para o meu peito ser tomado por imensa agonia.
Ah, se eu pudesse secar as suas lágrimas e acalmar seu choro.
Não, não me peça para desistir de minha vontade.
Não me fale da razão nem de metafísica,
segue Caeiro, não pense e só sinta.
Sinta-me.
Despe-se da razão por mim.

domingo, 1 de setembro de 2013

Concreto

Trair a fantasia
trazendo-a pro chão

ansiedade

Pés aqui
a mente noutro lugar
pescoço esticado
tentando levar os olhos a enxergarem aquilo
que já vi
de antemão
na mania de antever
planejar
controlar