Sobre o amor eu não sei,
apenas sinto, mas não sei se é o amor
isso que eu trago aqui dentro.
Confunde-se com a saudade, mas saudade eu não sei se é.
Eu só sinto.
Aqui dentro.
- E é dentro.-
Sinto como a imensidão do mar que vejo...
parece calmo.
Uma ondulação começa...
...aumenta,
volume,
ganha corpo,
grande,
até assusta quem mais a admira,
e explode...avança sobre a areia.
Quando sinto, creio que seja assim
A água volta para a imensidão,
recua para dentro de si.
Choca-se com a ondulação que vem ao seu encontro - para frente - e estoura.
rebentação.
'
Quando sinto, creio que seja assim a saudade - uma força irresistível para dentro!
e que vai ao encontro do amor... Que também não sei.
Só sinto.
Indissociáveis.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Pedinte
...do mundo?
Ilusão.
A quem suplicamos esmola,
respostas....
a uma estátua fria
de olhos vazios,
cegos
pra nós.
Ilusão.
A quem suplicamos esmola,
respostas....
a uma estátua fria
de olhos vazios,
cegos
pra nós.
sábado, 28 de setembro de 2013
20h57
Guardo numa caixa, confeccionada com lembranças, fragmentos materiais de memória.
Um caixa de recordações - era o que eu pensava.
Um caixa de recordações - era o que eu pensava.
Hoje penso diferente: não é para mim essa caixa, mas para quem a descobrir: recrie-me.
Depois de mim, quem eu fui...
28/09/2013
Este vazio,
De novo...o vazio.
Como se esse vácuo radicado em meu peito sugasse tudo a sua volta!
Por quê?
Preenchê-lo de mim. Preciso de mim. Preenchê-lo comigo. - aconselhou-me o fiel amigo.
Na maior parte do tempo sou fuga dessa tristeza... - Apontou-me o amado.
O que faço, o que passo é para adiar o encontro comigo....e com o vazio.
É como se ...parte de mim me odiasse e me envergonhasse por isso.
Como se parte de mim me cobrasse e me cobrasse e me cobrasse para ser...quem não sou.
Ou quem sou por inteiro, a começar para mim.
Ou quem posso ser, quem ainda não sou...alguém diferente de mim
(agora).
De novo...o vazio.
Como se esse vácuo radicado em meu peito sugasse tudo a sua volta!
Por quê?
Preenchê-lo de mim. Preciso de mim. Preenchê-lo comigo. - aconselhou-me o fiel amigo.
Na maior parte do tempo sou fuga dessa tristeza... - Apontou-me o amado.
O que faço, o que passo é para adiar o encontro comigo....e com o vazio.
É como se ...parte de mim me odiasse e me envergonhasse por isso.
Como se parte de mim me cobrasse e me cobrasse e me cobrasse para ser...quem não sou.
Ou quem sou por inteiro, a começar para mim.
Ou quem posso ser, quem ainda não sou...alguém diferente de mim
(agora).
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
27/09/2013
É como se o meu peito pudesse antever a dor que lhe acometerá,
sensações se repetem e, pela frequência, me permitem pensar assim.
Hoje sei o por que meu peito doía dias atrás.
Sentirei a sua falta todos os dias,
Odiarei a sua ausência todas as horas,
Desejarei afastar seus rastros de minha vista todo o tempo buscando...
encontrá-lo.
sensações se repetem e, pela frequência, me permitem pensar assim.
Hoje sei o por que meu peito doía dias atrás.
Sentirei a sua falta todos os dias,
Odiarei a sua ausência todas as horas,
Desejarei afastar seus rastros de minha vista todo o tempo buscando...
encontrá-lo.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
24/09/2013
E quando já não se sabe com o que preencher
essa lacuna,
que por vezes mais parece abismo,
fissuras de uma estiagem
que nem a poesia
a filosofia
o desejo
o amor que diz sentir por mim
podem saciar?
E quando a flor já não cheira mais,
quando a música não te comove,
quando o vento que entra pela janela
já não te leva para passear?
E quando a comida quente no fogão
a companhia logo ali no cômodo ao lado
quando seus deveres
e o vídeo rolando aquela música ao fundo
não roubam a cena nem te distraem?
E essa falta de certezas que me aflige
quando deveria encorajar
desafiar
à exercitar o gozo da liberdade,
mas, não.
Instalou-se aqui a ansiedade cruel.
22/09/2013
Basta-me a sua voz triste para o meu peito ser tomado por imensa agonia.
Ah, se eu pudesse secar as suas lágrimas e acalmar seu choro.
Não, não me peça para desistir de minha vontade.
Não me fale da razão nem de metafísica,
segue Caeiro, não pense e só sinta.
Sinta-me.
Despe-se da razão por mim.
Ah, se eu pudesse secar as suas lágrimas e acalmar seu choro.
Não, não me peça para desistir de minha vontade.
Não me fale da razão nem de metafísica,
segue Caeiro, não pense e só sinta.
Sinta-me.
Despe-se da razão por mim.
domingo, 1 de setembro de 2013
ansiedade
Pés aqui
a mente noutro lugar
pescoço esticado
tentando levar os olhos a enxergarem aquilo
que já vi
de antemão
na mania de antever
planejar
controlar
a mente noutro lugar
pescoço esticado
tentando levar os olhos a enxergarem aquilo
que já vi
de antemão
na mania de antever
planejar
controlar
domingo, 13 de janeiro de 2013
Chuva de domingo
O homem desconhece a sua natureza
e a de seu amor (lei natural?)
Vacila entre humano e celestial.
Teme o finito e desconfia da eternidade.
Inventa o amor.
...e não sabe o que fazer de sua criatura
Pensa o amor
e não o sente.
e a de seu amor (lei natural?)
Vacila entre humano e celestial.
Teme o finito e desconfia da eternidade.
Inventa o amor.
...e não sabe o que fazer de sua criatura
Pensa o amor
e não o sente.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Sen(ti)
A visão prepondera
me rouba a atenção dos outros sentidos.
Sentido:
buscando- o,
aonde não tem.
Pra sentir
devo fechar os olhos,
esses que só buscam (com) a razão.
Quero o arrepiar dos pelos,
pele áspera de expectativa!
o pulsar do peito - que passa a ser visto pelos atentos.
...o aroma quente que a pele exala.
me rouba a atenção dos outros sentidos.
Sentido:
buscando- o,
aonde não tem.
Pra sentir
devo fechar os olhos,
esses que só buscam (com) a razão.
Quero o arrepiar dos pelos,
pele áspera de expectativa!
o pulsar do peito - que passa a ser visto pelos atentos.
...o aroma quente que a pele exala.
Sentidos
E o vento se mostra para mim
O vento se faz visão.
Levanta o perfume da grama cortada,
Faz zunir nos ouvidos atentos,
Descabela a copa das árvores,
apressa meus passos.
O vento leva e traz.
Lembra-me que nada pára
que o estático é invenção.
Apresenta-me o que é natural,
e que mais importante que (a)parecer,
ver,
é sentir.
O vento se faz visão.
Levanta o perfume da grama cortada,
Faz zunir nos ouvidos atentos,
Descabela a copa das árvores,
apressa meus passos.
O vento leva e traz.
Lembra-me que nada pára
que o estático é invenção.
Apresenta-me o que é natural,
e que mais importante que (a)parecer,
ver,
é sentir.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Sozinha
... o que me vale, agora, aqui sozinha, senão o que eu sinto?
ao quê dar atenção senão ao que me afeta?
o que entender senão o que se bate contra mim?
o quê buscar senão o que amo?
Cercar-me de quê, senão do que me apraz?
Vontade primeira.
ao quê dar atenção senão ao que me afeta?
o que entender senão o que se bate contra mim?
o quê buscar senão o que amo?
Cercar-me de quê, senão do que me apraz?
Vontade primeira.
Vontade de você
Amor santo, de Tereza para Karenin,
me diz a razão
e os livros sagrados.
me diz a razão
e os livros sagrados.
Você ao meu alcance, digo eu mesma
ao alcance do meu toque,
das saudades, da luxúria,
das saudades, da luxúria,
dos meus beijos...
do tato de meus lábios...
do tato de meus lábios...
... amor que deseja estar em seu pensamento,
dentro do seu peito.
Eu quero...
eu te quero.
Quero mais que palavras e toques dizem....
Tudo o que percebo é circular
A água que escorre pelo ralo
a fruta cortada na mesa
A flor que outrora se abria pétala por pétala
Ciclos, círculos, curvas
E a vida que alguém endurecido me apresentou
é objetivo, meta....reta, ordem....seta
o traçar de planos.
Sem volta
sem segunda chance
sem cruzar caminhos....
e isso me apavora
dores físicas tomam meu peito.
Iria você pra nunca mais voltar?
Retas paralelas, transversais?
Dói....
reta fugaz
A água que escorre pelo ralo
a fruta cortada na mesa
A flor que outrora se abria pétala por pétala
Ciclos, círculos, curvas
E a vida que alguém endurecido me apresentou
é objetivo, meta....reta, ordem....seta
o traçar de planos.
Sem volta
sem segunda chance
sem cruzar caminhos....
e isso me apavora
dores físicas tomam meu peito.
Iria você pra nunca mais voltar?
Retas paralelas, transversais?
Dói....
reta fugaz
O homem bom
Não quero de ti aquilo que outro qualquer poderia me dar
Não espero de ti o mesmo que de um estranho
Não te fará, pra mim, um homem bom se suas atitudes pudessem ser pagas
Pra mim, o que faz de um homem um bom homem, é aquilo que foge do socialmente aceito.
Não espero de ti o mesmo que de um estranho
Não te fará, pra mim, um homem bom se suas atitudes pudessem ser pagas
Pra mim, o que faz de um homem um bom homem, é aquilo que foge do socialmente aceito.
resposta
Gosto mais de mim sem maquiagem.
Gosto mais de mim quando estou de chinelos, sem espelhos, roupa de acordar.
Gosto mais quando não percebo que errei.
Gosto quando espero nada mais de mim que eu mesma.
Gosto mais de mim quando estou de chinelos, sem espelhos, roupa de acordar.
Gosto mais quando não percebo que errei.
Gosto quando espero nada mais de mim que eu mesma.
Finitude
Hoje, eu desejei que não exista a vida eterna,
que a imortalidade seja um sonho vaidoso dos homens.
Hoje eu desejei o final, o acabar de mim
Hoje eu desejei o finito
Desejei o fim, nem que seja só de mim...
Não por tristeza, nem por pecado.
Mas pelo fim.
que a imortalidade seja um sonho vaidoso dos homens.
Hoje eu desejei o final, o acabar de mim
Hoje eu desejei o finito
Desejei o fim, nem que seja só de mim...
Não por tristeza, nem por pecado.
Mas pelo fim.
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