A cada dia é mais difícil traduzir o que sinto
Quero encontrar-me traduzida em versos de outros
E assim sentir o peso dividido em mais ombros
sábado, 26 de dezembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Linha do tempo
Sentei na calçada de domingo. A noite abafada, tinha vento lá fora.
Sentei. Olhei minhas mãos. Pensei então que se eu pudesse, lá do passado, espiar meu futuro e visse minhas mãos do presente, me assustaria.
Ausências e presenças. Só de olhar as mãos saberia que minhas certezas teriam mudado.
O rumo foi outro. Que os tijolos ordenados n'algum momento se descompassaram.
Saí do passado, voltei pro presente.
Olhei meus cabelos. Pendurados com as pontas repousando sobre as pernas.
É, certas coisas não teriam mudado do passado pro presente.
Parei de pensar um uns segundos. No escuro da noite te vejo dobrar a esquina, caminhando em minha direção. E pensei que do passado tal imagem seria pra mim sem sentido.
Saí do passado pra voltar pro presente, que vai virar lembrança no futuro (presente). Futuro que só vejo quando dou o passo.
Sentei. Olhei minhas mãos. Pensei então que se eu pudesse, lá do passado, espiar meu futuro e visse minhas mãos do presente, me assustaria.
Ausências e presenças. Só de olhar as mãos saberia que minhas certezas teriam mudado.
O rumo foi outro. Que os tijolos ordenados n'algum momento se descompassaram.
Saí do passado, voltei pro presente.
Olhei meus cabelos. Pendurados com as pontas repousando sobre as pernas.
É, certas coisas não teriam mudado do passado pro presente.
Parei de pensar um uns segundos. No escuro da noite te vejo dobrar a esquina, caminhando em minha direção. E pensei que do passado tal imagem seria pra mim sem sentido.
Saí do passado pra voltar pro presente, que vai virar lembrança no futuro (presente). Futuro que só vejo quando dou o passo.
No ar
Tô respirando seus rastros em todo o lugar
Recolhendo as migalhas de você
E fecho os olhos pra enxergar o que não vejo
Te enxergar do longe...
Recolhendo as migalhas de você
E fecho os olhos pra enxergar o que não vejo
Te enxergar do longe...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Espelho torto
E lá de cima do morro
A imagem mais linda:
No Céu, as estrelas abotoavam o pano escuro
que escondia o céu azul do Sol
Pra que eu pudesse ver
Olhando pra baixo
As estrelas do chão
em seus desenhos uniformes:
O chão virara céu!
A imagem mais linda:
No Céu, as estrelas abotoavam o pano escuro
que escondia o céu azul do Sol
Pra que eu pudesse ver
Olhando pra baixo
As estrelas do chão
em seus desenhos uniformes:
O chão virara céu!
Dos dias de Dezembro
Das luzes em Dezembro
Vagalumes em coreografia!
Andar de carro pela cidade a noite
era uma diversão quieta, comtemplativa:
Os postes passavam por mim
de mãos dadas
olhando pra baixo
em oração.
Vagalumes em coreografia!
Andar de carro pela cidade a noite
era uma diversão quieta, comtemplativa:
Os postes passavam por mim
de mãos dadas
olhando pra baixo
em oração.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Onipresente
Tenho percebido mais o vento
LocomotivaDenso e macio
Acaricia
O vento
Não tem mais só
Brincado com os cabelos e levado
flor pra passear
Parece que o vento quer te trazer
Pro lado meu
"Sambo bem a dois por mim
Bambo e só mas sambo sim
Sambo por gostar de alguem
Gostar de..."
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Pesadelo
O que me assusta no escuro é
a sensação de que tudo posso ver
Mar aberto
e pra onde olho, horizonte
Cortinas, cortinas nos olhos!
Pra ver só o quanto quero.
a sensação de que tudo posso ver
Mar aberto
e pra onde olho, horizonte
Cortinas, cortinas nos olhos!
Pra ver só o quanto quero.
"quisera abrir janelas, fazer serão
Mas você me navegou mares tão diversos
E eu fiquei sem versos, e eu fiquei em vão"
o que conta
...e o que me traz sorriso a face
é que o ímpar torna-se par
Perdendo ou ganhando
é que o ímpar torna-se par
Perdendo ou ganhando
"Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber"
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Agora
Da vida
Um nado de costas
Coleção de coisas passadas
escolho (re)ver
E do futuro
A cada braçada, um novo horizonte
Um nado de costas
Coleção de coisas passadas
escolho (re)ver
E do futuro
A cada braçada, um novo horizonte
(des)caminhos
O vento faz redemoinhos do papel de pão
dos guardanapos amassados depois do intervalo
Vento se faz visão
Bagunça o voo da borboleta
Levanta da calçada a poeira:
O chão que quer brincar
de voar
dos guardanapos amassados depois do intervalo
Vento se faz visão
Bagunça o voo da borboleta
Levanta da calçada a poeira:
O chão que quer brincar
de voar
Observações II
Gosto de olhar a noite
Manto escuro, cortina do palco
Onde as estrelas costuradas
Botões brilhantes (a)guardando o espetáculo
do Sol que está pra nascer
Manto escuro, cortina do palco
Onde as estrelas costuradas
Botões brilhantes (a)guardando o espetáculo
do Sol que está pra nascer
"Estamos meu bem por um triz
Pro dia nascer feliz..."
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Estados
Na minha língua
onde ser e estar são
verbos diferentes
Logo me
Faz pensar que o erro
é insistir em conjugar
ser em vez de estar
pra felicidade
onde ser e estar são
verbos diferentes
Logo me
Faz pensar que o erro
é insistir em conjugar
ser em vez de estar
pra felicidade
"...e pela minha lei
a gente era obrigado a ser feliz"
domingo, 4 de outubro de 2009
pré ocupação
Tal qual rato que sente
quando a embarcação
vai afundar
E já procura a saída
"Sobrou meu velho vício de sonharquando a embarcação
vai afundar
E já procura a saída
Pular de precipício em precipício, ossos do oficio
Pagar pra ver o invisível e depois enxergar"
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
aerossol
E vou nesse vício
De pensar e jogar
Pulverizando as idéias
Um pouco em cada lugar
E vou nesse vício
Metamorfoseando o que penso em metáforas.
Lembra-me o poeta:
"Já disse que as metáforas são perigosas. O amor começa por uma metáfora"
De pensar e jogar
Pulverizando as idéias
Um pouco em cada lugar
E vou nesse vício
Metamorfoseando o que penso em metáforas.
Lembra-me o poeta:
"Já disse que as metáforas são perigosas. O amor começa por uma metáfora"
"Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém'"
Que eu não me escondo de ninguém'"
sábado, 19 de setembro de 2009
Meio feito
Esperei demais. Ensaiei, hesitei. Desencorajei. Deixei.
Daí foi. O trem passou.
Atravessei a rua; permaneceste na calçada.
Entrei no carro; a bicicleta passou.
Perdi a hora. Acordei atrasada.
Pra uma hora que talvez nem fosse minha
Sintonias diferentes
Daí foi. O trem passou.
Atravessei a rua; permaneceste na calçada.
Entrei no carro; a bicicleta passou.
Perdi a hora. Acordei atrasada.
Pra uma hora que talvez nem fosse minha
Sintonias diferentes
"Bem mais que o tempo que nós perdemos,
ficou pra trás também o que nos juntou..."
ficou pra trás também o que nos juntou..."
Hã?
Essa Vida tem um senso de humor um tanto irônico/sarcástico demais pro meu gosto.
Nunca entendo os trocadilhos; levo um tempo pra entender a piada.
:P
Nunca entendo os trocadilhos; levo um tempo pra entender a piada.
:P
terça-feira, 1 de setembro de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Quero ser de minhas vontades
Tenho lista de músicas que gostaria de ter escrito
Poesias que gostaria que me recitassem
Coisas que gostaria te ter inventado
Rapazes que gostaria de amar
Personagens que eu gostaria de interpretar
Quadros que gostaria de pintar
Lugares que eu gostaria de viajar ... conhecer...
...agora.
Ah, não, chega!
Muito futuro do pretérito.
Ta na hora de gerundiar...
Gerundiando a vida!
:)
Poesias que gostaria que me recitassem
Coisas que gostaria te ter inventado
Rapazes que gostaria de amar
Personagens que eu gostaria de interpretar
Quadros que gostaria de pintar
Lugares que eu gostaria de viajar ... conhecer...
...agora.
Ah, não, chega!
Muito futuro do pretérito.
Ta na hora de gerundiar...
Gerundiando a vida!
:)
.
É de noite que vem o dia em pensamento
No painel escuro onde tudo pode ser projetado
Onde tudo toma a forma e proporção que se deseja
A noite é o convite
O escuro, a música, o travesseiro
Convidam-me a (re)pensar meus atos
Posso mostrar-me a mim mesma
Sem a expectativa dos outros.
Não preciso ser forte, sorridente, agradável nem atenciosa
Ninguém cobra o meu "estar bem"
Ninguém cobra meu riso
A falta dele não provoca o costume de ninguém em me ver bem
Pra fazer bem a ninguém
No painel escuro onde tudo pode ser projetado
Onde tudo toma a forma e proporção que se deseja
A noite é o convite
O escuro, a música, o travesseiro
Convidam-me a (re)pensar meus atos
Posso mostrar-me a mim mesma
Sem a expectativa dos outros.
Não preciso ser forte, sorridente, agradável nem atenciosa
Ninguém cobra o meu "estar bem"
Ninguém cobra meu riso
A falta dele não provoca o costume de ninguém em me ver bem
Pra fazer bem a ninguém
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Funil
Todos os pensamentos, vindos de todos os cantos, simultâneamente
Filtro...
Paro. Passo, narro, (des)organizo. Primeira pessoa.
Filtro...
Pinceladas de razão, covardia - Negação do sentir.
Filtro...
Plural (maneira de dividir a culpa)
Filtro...
Metáforas, analogias...
Filtro...
Silêncio agitado.
Vazio cheio.
Filtro...
Paro. Passo, narro, (des)organizo. Primeira pessoa.
Filtro...
Pinceladas de razão, covardia - Negação do sentir.
Filtro...
Plural (maneira de dividir a culpa)
Filtro...
Metáforas, analogias...
Filtro...
Silêncio agitado.
Vazio cheio.
"Quando o mar tem mais segredo
Não é quando ele se agita
Nem é quando é tempestade
Nem é quando é ventania
Quando o mar tem mais segredo
É quando é calmaria"
Amor Amor
terça-feira, 14 de julho de 2009
Fado
Somos a soma dos acasos e coincidências
Que falam mais, e tanto, e intensificam...
Acasos. Coincidências...
Percebidas pela vontade de entregar-se ao que não se pode controlar
Como uma sina.
Soma de momentos que deveriam acontecer.
Mas, se faltasse-nos essa vontade, de nada adiantaria
Aquela música que tocava
E que só nós ouvíamos...
os símbolos compartilhados, a lembrança, o calafrio, as sensações.
O caminho comum que, antes, era despercebido.
"This is our fate, I'm Yours"
Jason Mraz
sábado, 11 de julho de 2009
Farsa
Fingindo lutar contra o que, na verdade, prefiro render-me
Jogando o jogo que não deveria existir
Negando o desejo
Jogando o jogo que não deveria existir
Negando o desejo
"Eu quero a sorte de um
amor tranquilo
com sabor de fruta mordida"
amor tranquilo
com sabor de fruta mordida"
sábado, 6 de junho de 2009
Aqui
Tanto pra falar que só me vem o silêncio
E o céu que devo sair para ver
Encher os pulmões de ar de maneira que me faça senti-los
Fechar os olhos pra chegar no longe
E o céu que devo sair para ver
Encher os pulmões de ar de maneira que me faça senti-los
Fechar os olhos pra chegar no longe
sábado, 30 de maio de 2009
Colombina
Escolhendo cores das lantejolas
pra decorar a máscara que situação pede
pra ser desfilada
junto da minha covardia
que apelido de razão
pra decorar a máscara que situação pede
pra ser desfilada
junto da minha covardia
que apelido de razão
"Se o amor é fantasia,
eu me encontro ultimamente
em pleno carnaval"
eu me encontro ultimamente
em pleno carnaval"
quarta-feira, 27 de maio de 2009
...girar o botão
'Tô procurando Santo pra rezar
Fé pra acreditar
Enquanto jogo-me de costas pro mar tão cheio de neblina
Que permite-me ver não mais que
Uma braçada por vez.
Quero ter para quê chorar
Quero ter por quem querer
Esta vida desprendida, amarra.
Quero mais nada em vão.
Fé pra acreditar
Enquanto jogo-me de costas pro mar tão cheio de neblina
Que permite-me ver não mais que
Uma braçada por vez.
Quero ter para quê chorar
Quero ter por quem querer
Esta vida desprendida, amarra.
Quero mais nada em vão.
"Você está no mundo, só tem uma opção O caminho é longo, homemSer feliz ou não?Queimando a consciência e a sequencia que ela trazMomentos diferentes que confundem a tua paz"
Raul Seixas
Raul Seixas
sábado, 23 de maio de 2009
Pétalas
...porque o caminho se anda sozinho, aiá
enquanto forem suas as pernas
que carregam o peso.
por isso, é por isso, que eu vou sozinho, aiá
Só eu no meu caminho e o coração carregado de saudade
De quem escolhi deixar pelo caminho
Pois foste escolha e não necessidade
Pois foste escolha e agora é saudades
...e assim, só assim, estarás sempre comigo, aiá
enquanto forem suas as pernas
que carregam o peso.
por isso, é por isso, que eu vou sozinho, aiá
Só eu no meu caminho e o coração carregado de saudade
De quem escolhi deixar pelo caminho
Pois foste escolha e não necessidade
Pois foste escolha e agora é saudades
...e assim, só assim, estarás sempre comigo, aiá
"...
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá"
Chico Buarque
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá"
Chico Buarque
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Meu mal
Ah, como eu gosto do presente
Nele a incerteza do próximo passo
acaba quando ele é dado
Nele a incerteza do próximo passo
acaba quando ele é dado
"é de se entregar a sorte,
todo mundo vai saber em ver
que o vai e vem pode ser eterno
pra ver quem manda"
Marcelo Camelo
quarta-feira, 20 de maio de 2009
De cima do muro
A vida eu vivo.
Amálgama do que planejo,
do involuntário,
do imposto,
do acaso.
A vida, eu penso.
No que quero pra mim,
No que quero pelo outro,
O fazer egoísta,
O fazer que ninguém vê.
O que faz menos diferença no global,
o que passa mais desapercebido:
O que faço por mim ou pelo outro?
Qual diferença busca-se?
O que sacia mais a mim:
O que quero pra mim ou o meu fazer pelo outro?
Saciar o que?
Quando sou mais eu:
Quando penso em mim ou quando penso coletivo?
Ser?
Quando mais deixo de fazer algo:
Quando faço pensando em mim ou quando faço pensando no outro?
O que me é imposto fazer?
Quando exacerbo minhas possibilidades de lutar:
Quando luto por mim ou pelo outro?
Que luta escolho?
Professor: pra si ou por eles?
Quando é que faço pelo outro que não faço por mim?
Quando é que o coletivo não interfere no singular?
Escolhas excludentes.
Excludentes?
Fuga?
Amálgama do que planejo,
do involuntário,
do imposto,
do acaso.
A vida, eu penso.
No que quero pra mim,
No que quero pelo outro,
O fazer egoísta,
O fazer que ninguém vê.
O que faz menos diferença no global,
o que passa mais desapercebido:
O que faço por mim ou pelo outro?
Qual diferença busca-se?
O que sacia mais a mim:
O que quero pra mim ou o meu fazer pelo outro?
Saciar o que?
Quando sou mais eu:
Quando penso em mim ou quando penso coletivo?
Ser?
Quando mais deixo de fazer algo:
Quando faço pensando em mim ou quando faço pensando no outro?
O que me é imposto fazer?
Quando exacerbo minhas possibilidades de lutar:
Quando luto por mim ou pelo outro?
Que luta escolho?
Professor: pra si ou por eles?
Quando é que faço pelo outro que não faço por mim?
Quando é que o coletivo não interfere no singular?
Escolhas excludentes.
Excludentes?
Fuga?
"Eu não preciso ler jornais
Mentir sozinho eu sou capaz
Não quero ir de encontro ao azar
Papai não quero provar nada
Eu já servi à Pátria amada
E todo mundo cobra minha luz"
Raul Seixas
Mentir sozinho eu sou capaz
Não quero ir de encontro ao azar
Papai não quero provar nada
Eu já servi à Pátria amada
E todo mundo cobra minha luz"
Raul Seixas
terça-feira, 19 de maio de 2009
24.04.09
No meu caminho de todo dia
Tem os que passam e os que ficam
Os que por mim passam o fazem quase sempre no mesmo lugar
Parte de um cenário
E quando faltam, fazem-me pensar se me atrasei ou se me adiantei
Ou se o fizeram eles
Percebo-os quando faltam
Os que ficam, vêem-me passar várias vezes
Várias horas, tantas vezes
Talvez os faça pensar: "porque tanta pressa tem essa menina"?
Sempre com pressa, parece estar sempre fora de hora
De que pressa tem essa menina?
Pressa de que a cobram ou da que cobra de si?
Cobra do tempo a pressa que tem de
algum momento
querer parar o tempo...
E ficar ali
Tem os que passam e os que ficam
Os que por mim passam o fazem quase sempre no mesmo lugar
Parte de um cenário
E quando faltam, fazem-me pensar se me atrasei ou se me adiantei
Ou se o fizeram eles
Percebo-os quando faltam
Os que ficam, vêem-me passar várias vezes
Várias horas, tantas vezes
Talvez os faça pensar: "porque tanta pressa tem essa menina"?
Sempre com pressa, parece estar sempre fora de hora
De que pressa tem essa menina?
Pressa de que a cobram ou da que cobra de si?
Cobra do tempo a pressa que tem de
algum momento
querer parar o tempo...
E ficar ali
"Todos os dias é um vai e vem
a vida se repete na estação"
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Onda
Acorda.
Come
Banha-se
Lê
Ouve, canta...
Sai.
Anda
Vê, fala, escuta
Esquece.
Pensa...
Imagina, ilude-se
Espera.
Passa.
Chega
Faz
Cumpre
Finje
Sorri
Cumprimenta
Faz
Cumpre
Despede-se
Volta
Come
Banha-se
Vai
Ouve
Vê
Conversa
Ri
Escuta
Olha...
Empresta, aluga, compra
Quer
Despede-se
Saudades
Volta
Chega
Come
Banha-se
Assiste
Digita
Ouve
Imagina
deseja
espera...
Dorme
Sonha?
...
Acorda...
Come
Banha-se
Lê
Ouve, canta...
Sai.
Anda
Vê, fala, escuta
Esquece.
Pensa...
Imagina, ilude-se
Espera.
Passa.
Chega
Faz
Cumpre
Finje
Sorri
Cumprimenta
Faz
Cumpre
Despede-se
Volta
Come
Banha-se
Vai
Ouve
Vê
Conversa
Ri
Escuta
Olha...
Empresta, aluga, compra
Quer
Despede-se
Saudades
Volta
Chega
Come
Banha-se
Assiste
Digita
Ouve
Imagina
deseja
espera...
Dorme
Sonha?
...
Acorda...
Todo o dia é dia de desfazer
as promessas que fiz ontem...
Pra mim.
as promessas que fiz ontem...
Pra mim.
"Todo dia ela faz tudo sempre igual..."
quinta-feira, 14 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
29/04
Gosto mais de nosso beijo junto
Esse encontro do meu beijo com o seu
Quero provar dos vários gostos de sua boca
O enlace dos lábios
O calor úmido da língua
O vapor quente da pele
Seu perfume que exala de nosso toque
Mas teu beijo tem sempre gosto de despedida
De incerteza de um próximo
à mercê da vontade sua de mim
Momentâneo
" Baby, baby we've got a date..."
Bob Marley
segunda-feira, 4 de maio de 2009
13/04
Tantas coisas por fazer. Mas nada faço.
Faço tudo pela metade. Agitada. Entediada.
Lá fora chove. Dia escuro me convida a refletir.
Parece que o dia tá triste. Gosto deles, dias assim.
Parece que compartilham de minha tristeza e agonia.
Sozinha no quarto quero o escuro. Música. Música pra embalar os pensamentos.
Mas qual? Nenhuma de meu playlist, nenhuma das que tocam na rádio, aliás, gosto de nenhuma delas.
Não sei o que ouvir. Vontade de escutar o que não sei bem ao certo.
Músicas que tocavam a uns...5 anos atrás, talvez.
Daquelas que tenho que pinçar da memória e lembrar o que elas me faziam sentir.
Ao lembrar da música eu lembro de sensações, gostos, aromas...
Lembro do que se passava na época dela.
Que música quero? De que quero lembrar? O que me confortaria?
Nada, que saco.
Lá fora chove. Feriado, nada aberto.
Nenhum filme pr'eu ver.
Sem música pra escutar. Nada que me inspire a desenhar.
Só rabiscos, mas repletos de significado.
Hora de criar um momento.
Criar novo sentido pra música que cruzar meu caminho no momento.
"A procura da batida perfeita."
Faço tudo pela metade. Agitada. Entediada.
Lá fora chove. Dia escuro me convida a refletir.
Parece que o dia tá triste. Gosto deles, dias assim.
Parece que compartilham de minha tristeza e agonia.
Sozinha no quarto quero o escuro. Música. Música pra embalar os pensamentos.
Mas qual? Nenhuma de meu playlist, nenhuma das que tocam na rádio, aliás, gosto de nenhuma delas.
Não sei o que ouvir. Vontade de escutar o que não sei bem ao certo.
Músicas que tocavam a uns...5 anos atrás, talvez.
Daquelas que tenho que pinçar da memória e lembrar o que elas me faziam sentir.
Ao lembrar da música eu lembro de sensações, gostos, aromas...
Lembro do que se passava na época dela.
Que música quero? De que quero lembrar? O que me confortaria?
Nada, que saco.
Lá fora chove. Feriado, nada aberto.
Nenhum filme pr'eu ver.
Sem música pra escutar. Nada que me inspire a desenhar.
Só rabiscos, mas repletos de significado.
Hora de criar um momento.
Criar novo sentido pra música que cruzar meu caminho no momento.
"A procura da batida perfeita."
"Vai chover de novo, deu na TV
Que o povo já se cansou de tanto o céu desabar
E pede a um santo daqui que reze ajuda de Deus
Mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra mim "
Marcelo Camelo
segunda-feira, 27 de abril de 2009
...
Pressa tenho de parar o tempo
Sentir o tempo passar, minuto a minuto
Desejo ansear por cada dia e não por um dia tal
Que não vem
Demora a chegar
E quando chega some
Vai dentre os dedos
Os dias voam
O calendário apressado
Por desejar que o dia acabe logo
Venha outro, tão chato quanto
E faz desejar que passe
Logo
Para outro dia vir
Quem dera ter você em meus dias
Eu pediria pro dia passar devagar
Teria quem levar comigo pra lugares mil
Os que desejo ir
E mostrar como eu gosto aproveitar o dia
Dividir o que vejo
Sentir o tempo passar, minuto a minuto
Desejo ansear por cada dia e não por um dia tal
Que não vem
Demora a chegar
E quando chega some
Vai dentre os dedos
Os dias voam
O calendário apressado
Por desejar que o dia acabe logo
Venha outro, tão chato quanto
E faz desejar que passe
Logo
Para outro dia vir
Quem dera ter você em meus dias
Eu pediria pro dia passar devagar
Teria quem levar comigo pra lugares mil
Os que desejo ir
E mostrar como eu gosto aproveitar o dia
Dividir o que vejo
"Ah!, se eu pudesse, no fim do caminho
Achar nosso barquinho e levá-lo ao mar
Ah!, se eu pudesse tanta poesia
Ah!, se eu pudesse, sempre, aquele dia"
Tom Jobim
sábado, 25 de abril de 2009
Cotidiano
Olho o relógio, estou atrasada
A manhã voara e nem senti passar
Tanto a fazer, não daria tempo pra nada
Torço para que logo passe um ônibus
Que não demore o mesmo tempo que sair dali a pé
Não daria tempo, tanto pra fazer
O dia poderia ter mais umas horinhas
O senhorzinho de sempre, ali sentado, descompromissado
Com jeito de quem sentou ali pra papear, como todos os dias
Pergunta-me que horas eram
"Já são 11 horas"- respondo
O senhorzinho de cabelos brancos
Naquela maneira própria de falar
Comenta
"Ainda são 11 horas.
O tempo demora a passar pra quem já tem
todo o tempo do mundo"
A manhã voara e nem senti passar
Tanto a fazer, não daria tempo pra nada
Torço para que logo passe um ônibus
Que não demore o mesmo tempo que sair dali a pé
Não daria tempo, tanto pra fazer
O dia poderia ter mais umas horinhas
O senhorzinho de sempre, ali sentado, descompromissado
Com jeito de quem sentou ali pra papear, como todos os dias
Pergunta-me que horas eram
"Já são 11 horas"- respondo
O senhorzinho de cabelos brancos
Naquela maneira própria de falar
Comenta
"Ainda são 11 horas.
O tempo demora a passar pra quem já tem
todo o tempo do mundo"
"Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar..."
Raul Seixas
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar..."
Raul Seixas
Lá fora
Folha fica no alto
Presa a quem pertence
Vê vistas lindas!
Folha seca, cai.
Folha, solta, vai onde o vento leva.
Pena bela vive no alto
Presa às asas de quem pertence
Vê vistas lindas!
Pena cai
Solta, vai onde o vento leva.
Lagarta fica no baixo
No pouco, superfície
Pouco vê
Depois do casulo vira borboleta
Borboleta solta zomba do vento
Vai onde agrada, pousa onde quer
Breve e desprendida. Voa.
É de suas vontades.
Presa a quem pertence
Vê vistas lindas!
Folha seca, cai.
Folha, solta, vai onde o vento leva.
Pena bela vive no alto
Presa às asas de quem pertence
Vê vistas lindas!
Pena cai
Solta, vai onde o vento leva.
Lagarta fica no baixo
No pouco, superfície
Pouco vê
Depois do casulo vira borboleta
Borboleta solta zomba do vento
Vai onde agrada, pousa onde quer
Breve e desprendida. Voa.
É de suas vontades.
"Olha quanta beleza,
Tudo é pura visão
E a natureza transforma a vida em canção.
Sou eu o poeta quem diz:
Vai e canta, meu irmão,
Ser feliz é viver morto de paixão. "
Toquinho e Vinícius
Tudo é pura visão
E a natureza transforma a vida em canção.
Sou eu o poeta quem diz:
Vai e canta, meu irmão,
Ser feliz é viver morto de paixão. "
Toquinho e Vinícius
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Roda-Roda
Dias que aproveito de véspera
Saboreio as possibilidades
Cada uma delas
Delicio-me dos possíveis gestos, jeitos
Temperados de elementos surpresa
que escapam-me ao filme
que projeto aos poucos
O dia vem e desconstrói o filme
Sopra o castelo de cartas
E faz-se do seu jeito
Interfiro pouco
Pouco do que posso
Tenho sempre dias em pares
Os que eu penso e os que são
O desejado e o feito
O meu e o nosso
Saboreio as possibilidades
Cada uma delas
Delicio-me dos possíveis gestos, jeitos
Temperados de elementos surpresa
que escapam-me ao filme
que projeto aos poucos
O dia vem e desconstrói o filme
Sopra o castelo de cartas
E faz-se do seu jeito
Interfiro pouco
Pouco do que posso
Tenho sempre dias em pares
Os que eu penso e os que são
O desejado e o feito
O meu e o nosso
"Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração..."
Chico Buarque
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração..."
Chico Buarque
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Contrários
... E está assim.
Nenhuma música diz o que procuro ouvir
Nenhum poeta fingiu senti-lo.
É como se ninguém compartilhasse do que sinto
Um peso só meu.
E quando todas essas pequenas coisas se juntam
Tão contrárias
Um todo disforme
E nesses choques formam um nada
Anulam-se
Esse vazio cheio
Nenhuma música diz o que procuro ouvir
Nenhum poeta fingiu senti-lo.
É como se ninguém compartilhasse do que sinto
Um peso só meu.
E quando todas essas pequenas coisas se juntam
Tão contrárias
Um todo disforme
E nesses choques formam um nada
Anulam-se
Esse vazio cheio
"Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada não"
Toquinho e Vinícius
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada não"
Toquinho e Vinícius
quarta-feira, 15 de abril de 2009
...E que interprete como quiser
Que as entrelinhas encham de significados
Tome pra si as palavras
Tome pra si a culpa
desses versos
...dos gestos
Sinta, vai.
Imagine que é pra você
Nenhum sentimento é sozinho
Nem só passivo
Nem só reação
E tento sentir em tudo que posso
No cheiro, na foto, nos rastros
Seus passos
E tudo me faz lembrar
Mas tento esquecer
Negação contínua de você
...e mesmo assim me faz sofrer.
dolorido do mesmo jeito
21/02/09
Que as entrelinhas encham de significados
Tome pra si as palavras
Tome pra si a culpa
desses versos
...dos gestos
Sinta, vai.
Imagine que é pra você
Nenhum sentimento é sozinho
Nem só passivo
Nem só reação
E tento sentir em tudo que posso
No cheiro, na foto, nos rastros
Seus passos
E tudo me faz lembrar
Mas tento esquecer
Negação contínua de você
...e mesmo assim me faz sofrer.
dolorido do mesmo jeito
21/02/09
"Tenho um coração
Dividido entre a esperança e a razão
Tenho um coração
Bem melhor que não tivera
Esse coração não consegue se conter ao ouvir tua voz [...]
Quem dera ser um peixe
Para em seu límpido aquário mergulhar"
Fagner
Fagner
Música de minha infância
Cantada por minha avó pra mim
terça-feira, 14 de abril de 2009
(Re)Começo
Vontades
Nunca sei de onde elas vêm
Ou pelo menos identificar um fator decisivo para tal despertar.
Eu tenho vontade de dizer o que passa na minha cabeça. Arrumar alguma maneira de materializar o que sinto. Compartilhar.
Talvez porque pese demais ficar guardando tudo dentro de mim.
Antes eu escrevia. Publicava num blog em meus 16 anos. Mas parei.
Comecei a pensar demais no ato de escrever, publicar.
Por que eu o fazia, e reparar no porquê dos outros.
Alguns pareciam-me escrever pra receber elogios. Cobravam a presença no blog, a leitura e comentário. Cobrar atualizações.
Isso eu não gostava. Parecia ter-se tornado obrigação. Auto promoção de alguns.
Nem sempre era preciso comentar, era apenas entendimento - pra mim.
Então parei. De escrever. De pintar. Desenhar.
Deixei de lado justamente tudo que mais gosto.
Passei a escrever só pra mim. Guardar pra ninguém ler, ou ler depois, num acaso / acidente.
Na maioria das vezes penso. E só penso. Crônicas pra mim. Sem materializar-se.
E que se perdem...n'algum lugar por aqui dentro.
Agora a vontade voltou. Sei lá o porquê. Veio.
Como alguém que saiu sozinho de viagem e que voltou pro seu lugar de origem.
Pelo menos lugar físico. O Porto seguro para se voltar, e não viver.
Cheia de coisas pra contar. Contar o que viu, sentiu.
Agora que tomou distância e consegue ver o que passou.
Sem ter alguém pra contar, alguém em especial pra ouvir, jogo as folhas ao vento pra qualquer um ler.
Quem sabe o vento leve as folhas pra quem as queira.
E assim (re)começo.
Parece ser essa minha sina: Ter um "Re" como prefixo em tudo.
Renata Ramos
14/04/09
Nunca sei de onde elas vêm
Ou pelo menos identificar um fator decisivo para tal despertar.
Eu tenho vontade de dizer o que passa na minha cabeça. Arrumar alguma maneira de materializar o que sinto. Compartilhar.
Talvez porque pese demais ficar guardando tudo dentro de mim.
Antes eu escrevia. Publicava num blog em meus 16 anos. Mas parei.
Comecei a pensar demais no ato de escrever, publicar.
Por que eu o fazia, e reparar no porquê dos outros.
Alguns pareciam-me escrever pra receber elogios. Cobravam a presença no blog, a leitura e comentário. Cobrar atualizações.
Isso eu não gostava. Parecia ter-se tornado obrigação. Auto promoção de alguns.
Nem sempre era preciso comentar, era apenas entendimento - pra mim.
Então parei. De escrever. De pintar. Desenhar.
Deixei de lado justamente tudo que mais gosto.
Passei a escrever só pra mim. Guardar pra ninguém ler, ou ler depois, num acaso / acidente.
Na maioria das vezes penso. E só penso. Crônicas pra mim. Sem materializar-se.
E que se perdem...n'algum lugar por aqui dentro.
Agora a vontade voltou. Sei lá o porquê. Veio.
Como alguém que saiu sozinho de viagem e que voltou pro seu lugar de origem.
Pelo menos lugar físico. O Porto seguro para se voltar, e não viver.
Cheia de coisas pra contar. Contar o que viu, sentiu.
Agora que tomou distância e consegue ver o que passou.
Sem ter alguém pra contar, alguém em especial pra ouvir, jogo as folhas ao vento pra qualquer um ler.
Quem sabe o vento leve as folhas pra quem as queira.
E assim (re)começo.
Parece ser essa minha sina: Ter um "Re" como prefixo em tudo.
Renata Ramos
14/04/09
"...
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante..."
Roberto Carlos
Roberto Carlos
Música de minha infância
Cantada por minha avó pra mim
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