Nunca sei de onde elas vêm
Ou pelo menos identificar um fator decisivo para tal despertar.
Eu tenho vontade de dizer o que passa na minha cabeça. Arrumar alguma maneira de materializar o que sinto. Compartilhar.
Talvez porque pese demais ficar guardando tudo dentro de mim.
Antes eu escrevia. Publicava num blog em meus 16 anos. Mas parei.
Comecei a pensar demais no ato de escrever, publicar.
Por que eu o fazia, e reparar no porquê dos outros.
Alguns pareciam-me escrever pra receber elogios. Cobravam a presença no blog, a leitura e comentário. Cobrar atualizações.
Isso eu não gostava. Parecia ter-se tornado obrigação. Auto promoção de alguns.
Nem sempre era preciso comentar, era apenas entendimento - pra mim.
Então parei. De escrever. De pintar. Desenhar.
Deixei de lado justamente tudo que mais gosto.
Passei a escrever só pra mim. Guardar pra ninguém ler, ou ler depois, num acaso / acidente.
Na maioria das vezes penso. E só penso. Crônicas pra mim. Sem materializar-se.
E que se perdem...n'algum lugar por aqui dentro.
Agora a vontade voltou. Sei lá o porquê. Veio.
Como alguém que saiu sozinho de viagem e que voltou pro seu lugar de origem.
Pelo menos lugar físico. O Porto seguro para se voltar, e não viver.
Cheia de coisas pra contar. Contar o que viu, sentiu.
Agora que tomou distância e consegue ver o que passou.
Sem ter alguém pra contar, alguém em especial pra ouvir, jogo as folhas ao vento pra qualquer um ler.
Quem sabe o vento leve as folhas pra quem as queira.
E assim (re)começo.
Parece ser essa minha sina: Ter um "Re" como prefixo em tudo.
Renata Ramos
14/04/09
"...
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante..."
Roberto Carlos
Roberto Carlos
Música de minha infância
Cantada por minha avó pra mim
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...e nem sempre cabe comentários, apenas entendimentos. Silêncios.