Eram tantas as certezas que ela trazia
anotadas no bloco de papel -frágil, à mercê de um apagão-
que bastou a rasteira, seguida do tropeção, para rasurá-las.
Por vivida, a rigidez do certo ficou no passado,
É que a vida nos torna maleável,
por cadência ou pancada.
Do crime que condenara foi ré, reincidente,
decadente,
de encontro a sua humanidade,
da erracidade,
para perceber que à ferro e fogo condena quem não viveu,
ou o hipócrita;
quem não provou o fel do vacilo e do
arrependimento punitivo.
Provou da lágrima que não esvazia o peito,
cujos soluços querem expulsar a dor
-resistente- como se quisesse ensinar paciência.
Descobriu que a espera é por vezes involuntária;
não se condiciona pela decisão, mas por ...
intimamente,
desejar o retorno daquilo que nunca quis partir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
...e nem sempre cabe comentários, apenas entendimentos. Silêncios.